Adenomiose NÃO É CÂNCER e não é perigoso

Quinta, 07 Dezembro 2017

Esta é uma uma patologia uterina caracterizada pela presença de glândulas e estroma endometrial (o revestimento interno do útero) dentro do miométrio (a camada muscular grossa do útero), podendo levar  ao aumento das fibras musculares uterinas, com aumento do volume do utero.

Dependendo da sua extensão (tamanho) , pode ocasionar problemas, incluindo dor e sangramentos intensos.

Também pode levar a um aumento do fluxo menstrual (menorragia) e das cólicas uterinas (dismenorréia), diminuindo assim a qualidade de vida das pacientes.

O diagnóstico da adenomiose pode ser suspeitado pela ultra-sonografia vaginal.

 

Adenomiose  NÃO É Endometriose.

A adenomiose ocorre tipicamente em mulheres entre 35 e 50 anos, possivelmente porque nesta faixa etária as mulheres têm excesso de estrógeno. Perto dos 35 anos, as mulheres geralmente cessam a produção de progesterona, que equilibra os efeitos do estrógeno.

Após os 50 anos, devido à menopausa, as mulheres não produzem tanto estrógeno.

 

Causas

A causa da adenomiose é desconhecida, embora possa estar associada a algum trauma uterino que possa ter rompido a barreira entre o endométrio e o miométrio, o que pode ocorrer, por exemplo, em razão de gravidez, operação cesariana ou ligadura de trompas.

 

A Adenomiose deve ser sempre tratada?

Não, a Adenomiose deve ser tratada somente quando causa problemas – Sintomas como: sangramento e dores .

Não existem ainda medicações capazes de destruir a Adenimose.

 

Há uma variada gama de medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento dos sintomas da Adenomiose:

Medicamentos antiinflamatórios não hormonais ou compostos hormonais podem ser usados nesta fase e, na maioria das vezes, são suficientes para controlar os sintomas sem precisar de uma terapia adicional.

Alguns compostos hormonais apresentam certos efeitos colaterais e outros riscos quando utilizados cronicamente e, por isto, geralmente, são indicados de forma temporária.

 

Tratamento cirúrgico

Existem apenas um tipo de tratamento cirúrgico: Histerectomia, que consiste na extirpação cirúrgica de todo o útero.

Como mencionado anteriormente, a histerectomia é a cirurgia universalmente mais difundida e aplicada no ambiente ginecológico. Provoca alívio definitivo dos sintomas .

 

 

Dra. Gloria Martinez Grazziotin

Ginecologia e Obstetrícia

CRM 2494

RQE 171

 

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